O ser humano vive numa eterna preocupação. São as contas do mês, a crise econômica, o aumento do dólar, os políticos que não melhoram em nada a nossa vida e enriquecem às custas do dinheiro público, ou o novo presidente dos EUA. Enfim, nossa cabecinha sempre está inundada de medos e anseios. Vivemos numa mania de perseguição eterna e acabamos esquecendo do perigo maior: nós mesmos. A gente sempre ouve discussões intermináveis sobre o aquecimento global, lemos por aí várias teses comprovando que o ser humano está acabando com o planeta Terra, mas não vejo isso tirando o sono de ninguém! E devia né? Essa história de “A Terra é o seu lar, cuide dela” é muito bonitinha (quando é dita) enquanto fica no discurso fácil, mas não acredito que sabemos o significado real disso. Se soubéssemos não a trataríamos da forma como estamos fazendo. Algumas pessoas talvez demonstrem maior consciência, mas o ser humano é tão sedento de lucros que não pára de querer sempre mais, de explorar, de consumir o mundo, sua casa. Há quem diga que a Terra vai “reagir” a isso tudo. A Teoria de Gaia, apresentada pelo químico James Lovelock, afirma que a Terra é um organismo vivo que, se agredido, pode estabelecer condições pra a sua própria sobrevivência. Se eu fosse a Terra já teria expulsado todos os seres humanos daqui. Acho que foi pensando nisso que o cineasta M. Night Shyamalan produziu seu oitavo longa-metragem, a trama “Fim dos Tempos”. Esta retrata um ataque da natureza contra a humanidade – uma toxina é espalhada através do vento fazendo as pessoas perderem o senso de sobrevivência. O resultado é a prática do suicídio em massa. Em outras palavras, o planeta inicia um controle biológico, forçando o extermínio de parte da espécie humana para se salvar. Pensar na Terra como um organismo vivo, assim como nós, que tem o poder de se defender se agredido, parece até desenho animado. Porém, se pararmos para observar em tudo que está acontecendo ao nosso redor, todas as tragédias naturais matando milhares de pessoas, como tsunamis, erupções vulcânicas, secas e enchentes, percebemos que isso pode sim ser um aviso. O nosso planeta está sendo destruído e tudo que existe nele é limitado. Se não pararmos agora com essa busca interminável por lucro e esse consumismo exacerbado que nos faz destruir nosso próprio lar, isso tudo vai ter um fim. E, acredite, isso significa o fim de todos nós!